DIU sem dor: é possível?
O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um dos métodos anticoncepcionais mais seguros e eficazes que existem. O DIU é um pequeno aparelho feito de plástico flexível moldado em forma de T, que é introduzido no útero. O DIU é inserido e removido apenas pelo ginecologista, no consultório, sendo que o procedimento não requer internação nem anestesia e dura, em média, 15 minutos.
O DIU é uma ótima opção para quem quer um método contraceptivo de longo prazo e não consegue ou não pode usar pílulas, além de apresentar uma eficácia superior a 99%, sendo o seu índice de falha variável entre 0,2 a 0,8%, contra 9% da pílula.
Existem dois tipos principais de DIU: o DIU de cobre e o DIU de hormônio. A função de ambos é, basicamente, impedir o encontro dos espermatozoides com os óvulos, mas cada um possui características específicas e suas vantagens.
DIU de cobre
É feito de plástico, mas revestido com fio de cobre e possui eficácia por um período de 5 a 10 anos depois de colocado. O dispositivo funciona através da liberação de íons de cobre, que causam uma inflamação no endométrio, o tecido que reveste internamente o útero. As células e substâncias inflamatórias que ocupam o tecido tornam a cavidade uterina um lugar desfavorável para o espermatozoide, impedindo que ele percorra por esse espaço e fecunde o óvulo. Vale ressaltar que o cobre não é tóxico, não causa alergia e não oferece riscos para a saúde.
Vantagens:
- Não tem hormônio;
- Não interrompe totalmente a ovulação;
- É possível deixá-lo no corpo por até dez anos;
- Geralmente não interfere no peso;
- Não há risco de trombose (surgimento de coágulos na corrente sanguínea), como no caso da pílula anticoncepcional.
Desvantagens:
- Pode aumentar bastante o fluxo menstrual, tornando-o mais abundante e com maior duração;
- Não reduz o desconforto e/ou dor menstrual, podendo aumentar a ocorrência de cólicas menstruais;
DIU de hormônio
Também é feito de plástico, mas nesse caso, o dispositivo libera o hormônio progesterona no útero e possui eficácia durante um período de 5 anos após ser inserido. O dispositivo funciona através do hormônio progesterona, que age de duas maneiras: espessando o muco cervical, a secreção produzida no colo do útero que facilita o deslocamento do espermatozoide para dentro do útero, e afina o endométrio, dificultando a implantação do óvulo.
Vantagens:
- O fluxo menstrual é reduzido e com menor duração;
- Provoca menos cólicas, diminui o desconforto/dor menstrual ao longo do tempo;
- Controla os sintomas de endometriose e possui um índice ainda menos de falhas em relação à gravidez;
- Baixa dose hormonal, com ação predominantemente local;
- Não contém estrogênio, por isso não há risco de trombose (surgimento de coágulos na corrente sanguínea), como no caso da pílula anticoncepcional.
Desvantagens:
- É necessário trocar após cinco anos;
- Pode levar a um aumento de peso, já que contém hormônio;
- Nos primeiros meses, pode desregular o ciclo menstrual.
DIU sem dor
O implante videoassistido do DIU, com o auxílio de uma ecografia, proporciona uma inserção com o mínimo de dor e desconforto, o que favorece o bem-estar da paciente. Com o suporte da ecografia antes e durante a colocação, é possível verificar o posicionamento do útero, desse modo o médico é capaz de saber a melhor forma para fazer o implante, o que proporciona maior conforto e segurança durante o procedimento.
Atualmente, a Clínica da Mulher é a única em Brasília que realiza implante, reposicionamento e retirada de DIU sem dor.
É importante destacar que cada paciente é um caso diferente e é fundamental consultar um profissional para decidir qual é a melhor opção. Assim como todos os métodos anticoncepcionais, o DIU deve ser avaliado e acompanhado por um ginecologista, para que a mulher se sinta segura em relação ao método, e possa ter qualidade de vida e saúde.
E lembre-se, a escolha de um bom método contraceptivo é importante, mas, ainda assim, a camisinha continua sendo a única forma eficaz de evitar as doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Clínica da Mulher – Asa Sul
Nada substitui a consulta com o ginecologista, visite-o regularmente.